quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

"Aquele abraço"

Com o fim de ano chegando, e eu concluindo o ensino médio, chega ao fim mais uma fase importante da minha vida - a mais importante até agora, eu diria. Mais importante não pelos tradicionais motivos. Não tenho ilusão quanto ao ingresso na universidade, sei que todos os anos milhares de jovens são excluídos deste espaço por não haverem vagas, e também que grande parte dos que ingressam não tem a chance de concluir, e todos se deparam com uma educação cada vez mais sucateada. Mas me sinto feliz porque nesses três anos, apesar de ter me deparado com inúmeras e imensas injustiças, também enxerguei melhor a realidade e conheci o que hoje mais faz sentido pra mim, que é a luta pela derrubada do sistema que causa tanto sofrimento à juventude e aos trabalhadores e a construção de uma nova sociedade.

Isso não veio do nada. Antes do meu ingresso no Estadual Central, outros 14 anos já haviam se passado na minha vida, e essa caminhada foi construída por algumas pessoas, a quem eu sinto hoje uma imensa vontade de agradecer.

Em primeiro lugar, à minha “mamma”, Giselle Mota, por ter me possibilitado nascer, me dado amor e nunca, nem no momento mais difícil das nossas vidas, quando muitos sumiram, ter fraquejado. Também ao meu pai, Walter. E aos dois por, já no início da minha vida, me “guiarem” com alguns exemplos – pra quem não sabe, os dois se conheceram em uma ocupação, na Italia. Em segundo, ao meu irmão, João Pedro, por ser sempre meu bom companheiro, a pessoa que eu sempre mais amei. Também por ter me ensinado a ler e escrever aos 5 anos (não fosse isso, eu não estaria aos 14 no Estadual, e muita coisa hoje não faria sentido).

À minha prima, Nina Crintzs, por ser uma das inspirações que sempre tive, de seguir meu sonho quanto à arte, e acreditar que é possível. Aos melhores tios do mundo, Elaine e Juarez, por me fazerem, até hoje, a criança, a “princesinha” mais feliz do mundo.

Aos meus segundos pais, Andre Luis Pereira e Celia Ferruci, pelo amor incondicional e pelo colo, digno de mãe e pai de verdade. Também aos meus “irmãos” Willian Ferruci e Giulia Ferruci, um “obrigada” cheio de saudade!

A todos os mais que professores, educadores, mesmo os que não lecionaram para mim, porém me ensinaram mais do que em sala de aula. Mas principalmente Eduardo Moraleida, Felipe Santos e Sônia Cristina.

Obrigada à turma 109, em especial Odilia Abreu, Alexsandra Matos, Juscilene Oliveira e Talita Braga, que fizeram meu ano melhor do que poderia ser! Eu amo vocês, de verdade.

Por último, e não menos importante, obrigada aos companheiros que tomaram a mesma decisão que eu, e que a cada dia descobrem junto comigo, o quanto vale a pena! Obrigada à Ana Gabriela, Gladson Reis, Lincoln Emmanuel, Brüno Düarte, Renata Rocha, Samuel Dias, Matheus Malta. Laryssa Rayanne e vários outros, que nem caberiam aqui!

Ao contrário do que se pensa, o ano de 2012 não traz uma nova vida, um novo mundo e só felicidades, como num passe de mágica. Meu pedido ao pular as sete ondas será novas perspectivas a todos os que citei aqui, novos rumos, caminhos melhores. Mas a prática é o critério da verdade. Caminhemos então, em 2012, para novas lutas e novas conquistas. E mais uma vez, obrigada!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Anônimo

"Confesso que não sou muito boa com as palavras, mas sou melhor quando as escrevo.

Desde o início de setembro meu coração vive apertado, parece que tem sempre algo preso na garganta, um “nó”. Que isso é saudade (e de você) eu já sabia, mas sempre pensei que fosse algo mais. Hoje cheguei à conclusão de que são verdades, e que preciso contá-las. Pois bem... A maior parte dessas verdades é impossível dizer, pois até hoje ninguém encontrou palavras que caibam. Elas precisam ser expostas, mostradas, ou melhor: entregues. Entregues sem limites, sem barreiras... As verdades tomam conta de mim, logo acho que me entregar seria a melhor solução.

Outras já não, e o que me incomoda é o medo de dizê-las. Sei que posso, mas receio... Engraçado, não?! Lembra quando eu disse que não sabia se já sei o que é amar alguém? A segunda conclusão a que cheguei é que ainda não sei, e não saberei. Até hoje ninguém encontrou uma fórmula para o amor e (isso pode soar um tanto anti-dialético) acredito que não encontrarão. Mas de uma coisa eu sei, mesmo sem ter certeza ou saber se é real, é que existem três palavras que com certeza me aliviariam uma parte desse peso, desse aperto.

O que me resta é esperar, esperar e esperar esse novembro que nunca antes me pareceu tão distante..."